Tema do merchandising atual da MSC, demonstra a preocupação das companhias marítimas com a modernização de suas frotas e a contínua busca por alternativas para reduzir ou ainda eliminar totalmente as emissões de CO2, também conhecido como baixa pegada de carbono.
E então, como será o futuro dos cruzeiros?
Uma das respostas para esta pergunta pode estar no vento!
Uma empresa de cruzeiros está explorando a tecnologia de assistência à vela movida a vento, como uma opção para seus navios.
A empresa Norueguesa Hurtigruten, fundada em 1893, revelou recentemente seus planos para o que eles esperam que possa se tornar o cruzeiro mais eficiente em termos de energia limpa do mundo.
O “Sea Zero” oferece um possível plano para viagens marinhas livres de emissões.
O conceito “Sea Zero” utiliza tecnologia de assistência à vela para reduzir as emissões e o consumo de combustível.
O plano da Hurtigruten para seu primeiro navio de emissão zero, atualmente apelidado de “Sea Zero”, começou em março de 2022.
Equipados com baterias que carregam enquanto o navio está no porto, os futuros navios de cruzeiro serão na maioria elétricos, combinando soluções de bateria de 60 megawatts/hora com tecnologia movida a vento.
Os navios Sea Zero apresentariam velas retráteis com painéis solares, manobras de inteligência artificial, hélices de contra-rotação e múltiplos propulsores retráteis.
Outras tecnologias incluem lubrificação a ar, revestimentos avançados para o casco e limpeza proativa do casco para reduzir o arrasto e a toxicidade.
Segundo a Hurtigruten, os três mastros retráteis e autônomos compreenderão 16.146 pés (4,92 quilómetros) quadrados de painéis solares e uma área total de vela de 8.073 pés (2,46 quilómetros) quadrados. Quando completamente estendidos, os mastros atingiriam uma altura máxima de 164 pés (49,99 metros).
Os modelos atuais do navio de emissão zero da Hurtigruten prevêem uma embarcação com 443 pés (0,14 quilómetros) de comprimento, com 270 cabines que podem acomodar aproximadamente 500 hóspedes.
O novo navio também deverá ter um espaço significativo para carga e ser capaz de transportar carros, uma necessidade nas viagens costeiras da linha, que ainda funcionam como uma espécie de balsa para moradores locais.
O plano também inclui o desenvolvimento de nova tecnologia para reduzir o consumo de energia das operações do hotel a bordo em 50%.
O “Sea Zero” está em estágio muito inicial. As imagens divulgadas do futuro navio com aparência futurista, ainda não passam de mero conceito. Nenhum navio foi encomendado ainda pela empresa de cruzeiros norueguesa.
O que já temos no mercado:
O projeto da Hurtigruten, no entanto não é tão improvável. Na verdade, operadores de carga e balsas já estão explorando a energia eólica como uma forma de impulsionar a indústria marítima.
Embora a Hurtigruten seja a única linha de cruzeiros a revelar planos para tecnologia de assistência à vela movida a vento no momento, outras empresas de transporte marítimo de cargas já desenvolveram e introduziram sistemas similares.
A empresa de transporte marítimo japonesa Mitsui O.S.K Lines (MOL) introduziu um sistema de propulsão por vela rígida movida a vento em 2022.
A vela, chamada de Wind Challenger, estreou no navio de transporte de carvão da empresa, Shofu Maru. Ajudando a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em cerca de 5% em uma viagem Japão-Austrália e 8% em uma viagem Japão-Costa Oeste da América do Norte.
Da mesma forma, a empresa de transporte marítimo sueca Wallenius está trabalhando no Oceanbird. Um novo modelo de navio com velas em asa que poderiam reduzir as emissões em 90%.
A empresa francesa Zephyr & Borée construiu o Canopée, um navio de carga com 400 pés (0,12 quilômetros) de comprimento equipado com quatro velas articuladas.
Operadores de balsas na Europa também têm experimentado com energia eólica. A Viking Line (sem relação com a Viking Cruises) instalou um “rotor-vela” a bordo de sua balsa Viking Grace em 2021.
Embora não apresentem o melhor design, o cilindro alto permitiu que a linha reduzisse suas emissões em 900 toneladas por ano. Bem como uma economia de 300 toneladas por ano de Gás Natural Liquefeito, ou GNL.
As Linhas de Cruzeiro Poderiam Usar a Tecnologia de Vela?
Sim, inclusive algumas já estão usando.
Empresas de cruzeiros como a Star Clippers e a Sea Cloud têm apenas navios movidos a vela em suas frotas.
Elas utilizam seus motores o mínimo possível e projetam suas rotas com base nos ventos para maximizar essa fonte de energia.
A Windstar Cruises também possui três iates à vela em sua frota. O Wind Star, Wind Surf e Wind Spirit. Oferecendo ainda mais opções para os viajantes que buscam alternativas de cruzeiros que se utilizem de energias renováveis.
Concluindo, a preocupação ambiental é um assunto sem volta.
Nesse sentido, ao longo do tempo que estas tecnologias vão sendo testadas, seus custos também vão barateando. Portanto, em breve chegarão para nossas linhas de cruzeiros mais conhecidas, em uma escala bem maior.
A mãe natureza agradece!
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Imagem/Divulgação: Hurtigruten